sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

A Música & Eu

Já disse antes e repito: Se a vida é um filme, tem que ter trilha sonora...Música da melhor qualidade, sempre. E música é uma coisa assim que tem que bater, entende? Tu tem que sentir, pulsar no corpo...Te fazer bem, te fazer lembrar de coisas, te tocar... Não é todo mundo que tem ouvido pra escutar (tocar, nem se fala, é outro departamento que exige muito mais sensibilidade) música e sentir... Seja ritmo, melodia, letra... Tem que se ter sensibilidade pra tudo isso.Sério, to sempre escutando... Quando não, to cantarolando algo na cabeça e o pé começa a marcar o ritmo.

Isso tudo começou por conta do meu avô paterno, o já falecido Hugo. Ele morava no interior, na colônia de Canguçu, um município ao sul do estado. Lá sua familia tinha um armazém junto com um salão de baile. Hugo começou a tocar bandonion numa banda de baile... E aí, num belo dia, minha Elsa se apaixonou por aquele "músico bonito", nas palavras dela. Hugo tocava violão e violino também. Sempre foi autodidata e, com auxilio de métodos impressos, aprendeu teoria musical e começou a ler partituras. Eu e meus irmãos herdamos o gosto pela música e por tocar algum instrumento dele. O mais engraçado que meu pai nunca tocou nada, gosta somente de ouvir boa música. Mas sempre nos incentivou a escutar e a tocar.
Com o , meu irmão aprendeu o básico do violão e teoria musical e depois passou isso pra mim. O violão do , hoje é uma relíquia que está comigo, o caçula... Cada vez que olho e pego pra tocar alguma coisa naquela viola, lembro do ... Muitas vezes um arrepio me corre o corpo, e posso sentir que em algum lugar onde o esteja, ele gosta do que vê...De sou legado sendo passado adiante, da sua grande paixão seguir acessa.

Mas eu descobri minha inclinação na música um tempo depois, quando me apaixonei por bateria. Como sempre morei a vida toda em apartamentos, nunca tive oportunidade de ter uma bateria. Fiz algumas aulas com amigos bateristas, pois sempre tinha a esperança ( e ainda tenho) de um dia ter minha batera... De preferência uma Ludwig Vintage, tipo a do Bonzo do Led Zeppelin =D
Mas aí, por conta do meu amigo Antônio Jorge, descobri a percussão... Primeiro tocando djambé e bongô numa virada de ano na Praia da Pinheira, na Casa da Noite Engenho Novo, junto com meu irmão e amigos. Depois descobri o cajón, que foi, desculpem o clichê, "amor a primeira vista", tanto que adquiri um pra mim.

Nas férias de há poucos dias atrás, tocamos na Pinheira de novo, no mesmo Engenho Novo, só que agora na praia de baixo (mas com o o isopor com a linda pintura ainda ao lado do palco...hehehe). Demos canja com o Paulinho Mineiro e na noite seguinte, só nós... Antonio na viola, eu no cajón e mais a presença ilustre de um cara (ou melhor, um guri) que quem gosta de música ainda vai ouvir falar dele: Lucian e sua flauta transversa. O guri é bom demais e dá muito gosto ver e tocar com ele. Tá no caminho bom o cara, tem futuro... Ô, se tem!!!

Nossa, me empolguei e acabei escrevendo um livro... =D
Mas foi bom pra lembrar e contar de onde e porque, de alguma maneira, nasceu o "Come On In My Kitchen".

Um bom final de semana.. Fiquem em paz e cuidem-se...
Ah, também não esqueçam de escutar MUITA MÚSICA!!!! =P

Otto - Ao som de Easy Star All Stars - The Dub Side of the Moon

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