sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Ô Zé Mané, Ô Zé Mané, Ô Zé Mané, Ô!




Lembrei dele hoje quando vinha pro trabalho escutando "A Praieira".
No dia 02 de fevereiro de 1997, Francisco de Assis França terminou abruptamente sua breve carreira, num acidente de trânsito. Uma lástima.Lembro que fiquei triste e chocado com a notícia, no fim do Carnaval daquele ano.

No meio de 96, havia assistido despretensiosamente - como outras pessoas que comentei depois - o show deles, pois conhecia muito pouco o som deles. Lembro muito bem da paulada sonora que eu tomei! Os tambores, a percussão, a presença extremamente eufórica e carismática do Chico no palco me fizeram virar um admirador da banda, depois daquele empolgante show no falecido "Engenho Santa Inácia" em Ciudad Satolep. A foto que ilustra o post fazia parte do cenário do show e ficava atrás da banda.

O cara ainda tinha muito pra mostrar, sua carreira começava a subir feito um foguete. Pena.
Quando acontece esse tipo de coisa com promissores e talentosos artistas, não tiro da cabeça o pensamento: "Putz, que merda... Imagina o que esse cara ainda poderia fazer? Uma cabeça dessas ainda tinha muito que mostrar ao mundo". E não consigo não lembrar da música da Legião Urbana, do disco "O Descobrimento do Brasil", que diz: "É tão estranho. Os bons morrem jovens...". Chico ia completar 31 anos em 13 de março.

Por um tempo, a Nação Zumbi ficou a deriva, sem o timoneiro e comandante daquele barco que propunha uma mistura nunca antes vista...Hip-Hop, Maracatu, Embolada, Rock, Funk. Hoje, a Nação amadureceu e produz um som com muita qualidade e identidade própria, mas sem nunca esquecer da influência do seu mentor.
Com relação ao acidente, parece que a Fiat teve culpa no cartório... Nem toda grana do mundo compensa a tua falta por aqui, Chico. R.I.P.

"Maracatu psicodélico
Capoeira da Pesada
Bumba meu rádio
Berimbau elétrico
Frevo, Samba e Cores
Cores unidas e alegria
Nada de errado em nossa etnia."
Otto - ao som de Chico Science e Nação Zumbi - "Sobremesa"

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Bebendo as Estrelas...

Reza a lenda que o Dom Pérignon disse isso quando tomou os primeiros goles daquele vinho borbulhante : "- Come quickly, I am drinking the stars!"
E o mundo não foi o mesmo depois dela...
Ninguém é o mesmo depois dela...Nem eu - RSRSRSRSRS :p
Ode à CHAMPA, o ESPUMANTE, a CAVA!!!

Otto - ao som de Ben Harper "Glory & Consequence" e na companhia de um Prosecco Courmayeur 2007

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

I Fall in Love Too Easily

I fall in love too easily, I fall in love too fast
I fall in love too terribly hard for love to ever last
My heart should be well-schooled 'cause I've been fooled in the past
And still I fall in love too easily, I fall in love too fast
My heart should be well-schooled 'cause I've been fooled in the past
And still I fall in love too easily, I fall in love too fast”

27/02/2008, 8:06 AM, T1-Direta, Parada do Shopping Praia de Belas.

Meu estado semi-vegetativo matinal é interrompido quando ela adrentra o coletivo.
Ela passa a roleta e caminha em direção ao banco onde estou sentado, mas escolhe sentar no banco da frente do meu.
Durante seu caminhar no corredor, pude perceber seu rosto: olhos de um redondo intenso parecendo bolas de gude. Um boca belamente torneada, com um leve sorriso matinal estampado, talvez motivado pelo som que vinha do seu tocador de música portátil . Seus lindos e bem cuidados cabelos morenos, iam além de seus ombros e serviam de complemento para aquele rosto, digamos assim, ordinário. Ordinário porque não havia nada nela que chamasse tanto a atenção, como um óculos escuro de tamanho avantajado, uma maquiagem mais carregada, um colar ou brinco proeminente, um penteado diferente. Nada havia, a não ser seu rosto comum e sua beleza natural.

Quando ela sentou, pude sentir seu perfume por alguns segundos. Um cheiro confortante, que me passou uma sensação de paz, serenidade, de alívio. Assim como seu rosto, o perfume não tinha traços marcantes, não era nem muito doce, nem muito cítrico. Acho que era um misto entre seu próprio cheiro e uma fragrância pouco agressiva, que combinavam perfeitamente com ela e com a manhã ensolarada.

No trajeto, me pus a observar pelas costas, aquela simples e bela mulher. Um certo transe, tanto que o tempo passou muito rápido e eu quando notei, já chegava ao meu destino.

Ela, assim que se acomodou no assento, arrumou o cabelo. Uma arrumada delicada, sutil, que para mim parecia em câmera lenta. Ela pegou as duas mãos e juntou o cabelo e enrolou-o, no mesmo gesto que as mulheres quando vão prendê-lo com um elástico. Mas ao invés de prendê-lo, ela simplesmente colocou-o sutilmente para frente, junto ao seu ombro esquerdo.

E então pude prestar a atenção na sua nuca e na etiqueta da sua blusa que estava pra fora da roupa. Conseguia ler o que dizia na etiqueta e um impulso, controlável é claro, quase me fez coloca-la para dentro.

Depois de fitar sua nuca, prestei atenção nos seus dedos. Unhas bem feitas, de uma cor clara um tanto discreta. Dedos não muito finos, mas não grosseiros, sem nenhum anel. Mãos femininas ordinárias e lindas, assim como ela toda se apresentava pra mim. Percebi isso porque com seus dedos, ela alisava o cabelo, bem na ponta. E com a ponta dos dedos, ela começava a enrolá-los. Parava, soltava tudo e recomeçava. Parava, segurava um pouco acima da ponta com o dedo médio e o polegar e com o indicador, acariciava a ponta formada. Soltava, começava a enrolá-los e soltava... E o tempo seguiu sem que eu conseguisse parar de prestar atenção nela, com o vento entrando pela janela um pouco mais na frente e me fazendo sentir seu cheiro. Um transe, em eu ria sozinho em silêncio, encantado com aquela beleza ordinária.

Ao chegar quase ao meu destino, percebo que ela também irá descer na mesma parada. Ela se levanta, vira e se encaminha pra porta e eu novamente pude olhar seu rosto. Um lindo rosto ordinário, como vários que passam em nosso dia-a-dia.
Descemos, ela caminha em direção a entrada da Universidade. Eu sigo atrás.
Ela se encaminha para o prédio da Reitoria, enquanto eu sigo meu caminha para o meu prédio.

Algo me diz que eu nunca mais irei encontra-lá. Que aquele momento foi e a lembrança ficou, seja na forma de imagens ou cheiros. Era pra ser assim, sem nomes, sem informações, tão somente sensações.
E que me apaixonei muito rápido, quase na mesma proporção de que me dei conta de que o tudo havia terminado no momento em que ela levantou do assento e que era hora de seguir adiante, no meu caminho. Tal como faço todos os dias pela manhã.
Mas hoje especialmente, segui com a lembrança dos detalhes de uma linda mulher ordinária, mas muito especial e única na sua essência, como todas as mulheres desse mundo.

Otto – escutando Los Hermanos “Sentimental”

PS: Sei que hoje não é 8 de março, mas fica aqui antecipadamente minha homenagem a existência das mulheres, embora eu pense que dia da mulher é todo o dia...
PS 2: A música que da ínicio ao post é um “standard” do jazz, interpretado por diversos cantores, mas que na minha opinião é mais linda na voz do Sinatra...E que reflete um pouco a minha essência.
PS 3: Mas a verdade é que eu torço imensamente pra que isso aconteça de novo... Ou melhor, aconteça sempre! Meus dias são muito melhores assim =D

domingo, 24 de fevereiro de 2008

The Times They Are A-Changin

Internet em casa = Posts com mais frequência.
O tempo é de mudança e isso acabará refletindo por aqui, com certeza.
Algumas histórias pra contar, muito em breve.

Boa semana,

Otto - escutando Pearl Jam - "Low Light"

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Como me sinto as vezes


Cortesia do meu amigo Goliaaaaaasssssss

Otto - escutando Temple of The Dog - "Hunger Strike"
PS: Click na tira para ver em tamanho maior

Meu parceiro Agenor

O sonho dessa noite foi com esse cara, o Agenor de Miranda Araújo Neto, popularmente conhecido como Cazuza.
Totalmente anos 80, com direito as moçoilas com grandes cabeleiras armadas e calças tipo bag na altura do umbigo.

Estava em um bar, que eu acredito que seja no Rio de Janeiro. Tinha o visual do bar onde o João Estrela, do filme “Meu nome não é Johnny”, fazia os “tiricoteco” dele com a rapaziada e também do bar que aparece no filme do próprio Cazuza. Rostos e roupas totalmente anos 80 entre os presentes.
Numa mesa eu tava sentando, sozinho, tomando meu enésimo chopp e escrevendo umas coisas num guardanapo de papel.
Adentra no recinto o Cazuza, junto com a Bebel Gilberto, o Dé do Barão Vermelho e mais umas pintas que eu acho que não conheço.
Não tem mesa pra eles sentarem e o Cazuza chega pra mim e pergunta se eles podem sentar comigo.
Respondo que sim e ganho de brinde um chopp por conta dele.
Ele me pergunta o que estou escrevendo e digo que são coisas da minha cabeça, poesia, enfim...
“Deixa eu ver” diz ele.
Eu mostro as frases aí de baixo:

Olha pra mim, me dê a mão
Depois um beijo
Em homenagem a toda
Distância e desejo
Mora em mim
Que eu deixo as portas sempre abertas
Onde ninguém vai te atirar
As mãos vazias nem pedras

Eu acredito nas besteiras
Que eu leio no jornal
Eu acredito no meu lado
Português, sentimental
Eu acredito em paixão e moinhos lindos
Mas a minha vida sempre brinca comigo
De porre em porre, vai me desmentindo

Ele começa a rir enquanto as lê... Seus olhos brilham, ele fica eufórico.
Me olha no rosto e diz: “Cara, isso é o que tá faltando pra eu encaixar numa música que eu estou escrevendo! “Medieval II” é o nome dela. Posso usar? Te dou crédito na letra e direitos autorais, etc...”.
Eu respondo: “Porra, Cazuza! Que do caralho isso, cara!!! É claro que eu deixo!!!”
Cazuza se levanta adrenalizado, e me apresenta pro bar inteiro como um grande poeta da nova geração. Recebo aplausos e assovios demorados da galera.
Meu parceiro Agenor, quando os aplausos cessam, ordena uma rodada de chopp por conta dele pro bar inteiro em minha homenagem.
Na hora que dou o primeiro gole no meu, acordei.

Tinha escutado essa música no walkman ontem e fiquei com essa parte na cabeça... Nada é por acaso.
Mas vai ter imaginação fértil pra uma história assim lá na casa do caralho.

Otto – ao som do parceiro Agenor – “Blues da Piedade”

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Hey foxymophandlemama, that's me

- Gosto de comer sopa de ervilha no inverno.
- Gosto de gostar dos outros.
- Gosto dos dias ensolarados.
- Gosto de cachorros, ainda mais dos vira-latas.
- Gosto de quem gosta de mim.
- Gosto de tomar uma cerveja antes do almoço, só pra ficar pensando melhor.
- Gosto de ler e ver o que me interessa.
- Gosto de fogueira, de barraca, de viola e cantoria.
- Gosto de sorrisos femininos.
- Gosto de ir ao cinema, sozinho ou acompanhado.
- Gosto do Jazz, do Rock, do Blues, do Popular.
- Gosto de caminhar sem destino.
- Gosto do olhar, da conquista, do desejo, do sexo.
- Gosto de cozinhar pra mim e para os outros.
- Gosto da minha vida e de tudo que vivi.
- Gosto dos 50’s, 60’s and 70’s
- Gosto de observar as pessoas e seus comportamentos.
- Gosto da verdade, doendo ou não.
- Gosto de tocar cajón, djambé e afins.
- Gosto de ser objetivo.
- Gosto de ser “cantado” pelas mulheres.
- Gosto de falar outras línguas.
- Gosto das crianças, seus mundos, brincadeiras, risos e mentes brilhantes.
- Gosto da vida e das coisas simples.
- Gosto do Uruguai e suas contribuições gastronômicas.
- Gosto de ouvir as pessoas.
- Gosto de pensar que um dia ainda verei um disco voador.


- Não gosto de dobradinha e lingua com ervilha.
- Não gosto da falsidade.
- Não gosto de desperdícios.
- Não gosto quando não sou compreendido.
- Não gosto de acordar de ressaca de whisky (de cerveja ainda vai).
- Não gosto de aniz.
- Não gosto da prepotência.
- Não gosto de chá na erva ou agua do chimarrão.
- Não gosto de ficar em fila pra entrar em bar/festa.
- Não gosto de falar pra quem eu sei que não quer/gosta de ouvir.
- Não gosto dos sistemas, seus governos e governantes.
- Não gosto de gente mal educada.
- Não gosto de não ter controle sobre as situações em que me envolvo.
- Não gosto de chocolate Prestígio.
- Não gosto de quem acha que tem sempre a razão em tudo.
- Nào gosto de ver gente revirando lixo feito bicho.
- Não gosto de cavalos.
- Não gosto de mastigar cravo.
- Não gosto de musicais da Brodway.
- Nào gosto de ser gente grande as vezes.
- Não gosto de armas.
- Não gosto de falar além do necessário.
- Não gosto de não poder ficar sozinho quando eu quero.
- Não gosto da Ivete Sangalo, Claudinha Leite e similares.
- Não gosto de falar mal dos outros, nem que falem de mim.

Otto – escutando Frank Zappa – “Watermelon in Easter Hay”

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece...

"I can feel your body
When I`m lying in bed
There's too much confusion
Going around through my head

And it makes me so angry
To know that the flame still burns
Why can't I get over?
When will I ever learn?

Old love, leave me alone
Old love, go on home

I can see your face
But I know that it's not real
It's just an illusion
Caused by how I used to feel

And it makes me so angry
To know that the flame will always burn
I'll never get over
I know now that I'll never learn

Old love, leave me alone
Old love, go on home"

OLD LOVE – Eric Clapton

Essa música traduz um pouco do que rolou no meu final de semana. E eu ainda escutei ela semana passada, god dammed.
Paciência, Otto, paciência...
The flame doens't burn as it was used to and will extinguished soon... Sooner that you expect.

Otto - ao som de Audioslave - "Like a Stone"

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

O Garoto Enxaqueca





Sou eu hoje. Acordei, fui pro banho e quando tava me vestindo, me deu uma enxaqueca do caralho...Muito foda.
Só Neosaldina, o meu quarto escuro e um cochilo resolvem.

To bem melhor agora... Ainda mais que hoje é sexta =D
Otto - escutando The Rolling Stones - "Sister Morphine"

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Saudade desse amigão...


Calvin - a.k.a Calvico, Calvinho ou Cavalo de Fogo.
Otto - ao som de Billie Holliday - "Gee, Baby, Ain't I Good To You?"

"O Segredo" é lixo. "Zeitgeist" é a salvação!

Assisti ao filme "Zeitgeist". E fiquei bastante impressionado com o que ele apresenta.
Eu já não acreditava na grande maioria das coisas que a "mídia" nos mostra com relação a religião, 11 de Setembro, monopólios, etc... Agora, não acredito em nada. Tudo é bullshit, como dizem os gringos...

O filme tem muito embasamento histórico, de pesquisa... Mas é claro que isso não dispensa uma pesquisa maior da parte de quem realmente for interessado em saber a verdade. Inclusive isso é dito pelo pesquisador no site do filme.

O Douglas, meu colega que me apresentou a película me perguntou depois que eu assisti, durante uma pausa para um café: "O que é real, cara? O que realmente aconteceu por trás de todos os fatos históricos que tu conhece até hoje? Será que eles aconteceram da forma que conhecemos mesmo?" Tenho a mesma dúvida.

Altamente recomendado. Disponível - e recomendado, como diz no final do filme: Non-Profit Duplication /Distribution of this film is encouraged - para download em: http://www.zeitgeistmovie.com/

Confesso que a pulga realmente está atrás da orelha... Parafraseando o pessoal do Arquivo X e dando um final "de suspense" ao post: "A Verdade está lá fora..." =D

Otto - ao som de Soundgarden - "Feel on Black Days"

PS: Segunda a Wikipedia, Zeitgeist é um termo alemão, que se traduz como espírito do tempo, também podendo se utilizar do termo em português para denominá-lo. O Zeitgeist significa, em suma, o nível de avanço intelectual e cultural do mundo, em uma época. A pronúncia alemã da palavra é tzaitgaist, de acordo com o Dicionário Escolar Michaelis de Alemão.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Ontem

Cheguei em casa e fui devolver um filme na locadora. Um ótimo filme, diga-se de passagem. “Waking Life” é um filme bastante filosófico e um tanto complicado de se assistir, na minha opinião. Digo por que os diálogos existenciais entre os personagens são o mote do filme, apesar da animação ser do caralho também. Então se tu não tá muito afim de pensar e matutar sobre as divagações dos personagens, procura algum outro tipo de filme, porque senão tu vai dormir. Digo por experiência própria, já que no domingo de noite, depois do Tommy, não consegui me manter acordado (admito, não foi só por causa do filme =D ) e acabei assistindo na segunda.
Não vou detalhar nada mais sobre o filme. Fica a dica pra alguém que queira assistir um filme mais, digamos assim, “viajandão, mas cabeça”.

Quando voltei, depois do banho, resolvi arrumar a zona que estavam meus cds, desde que os trouxe da minha antiga casa. Como todo bom cara das exatas, mais especificamente as computacionais, gosto de deixar as coisas bem organizadas de forma que me poupe tempo na hora de procurá-las. T.O.C. ? Hum, acho que não, afinal de contas faz quase 2 meses que eu trouxe meus discos pra casa e ainda não os tinha arrumado. Faz sentido, eu acho...
Pra começar, tirei todos de dentro da estante e os coloquei no chão da sala. Escolhi um pra botar pra tocar, porque claro, tem que ter trilha sonora. Meu desejo inicial era escutar um jazz (o que iria mudar ao longo da noite ) e o “Mingus Ah Um”, do Charles Mingus me pareceu uma ótima pedida, ainda mais que fazia tempo que eu não escutava esse disco. E que disco, meu amigo... “Goodbye Porky Pie Hat” é minha preferida ( a versão do Jeff Beck para esse som é matadora!).
Jazz para um lado, Blues pra outro. Rock Nacional pra um lado, Internacional pra outro... E assim fui. E ao fazer isso, comecei a enxergar todos aqueles discos (nas minhas contas, acho que uns 400 cds originais – Sim, eu tenho muito cd original... Assunto pra outro post) e passei a lembrar momentos da minha vida em que compreio-os, que escutei bastante (outros, nem tanto). Lembrei de pessoas, de situações vividas, de momentos passados...

O passado é engraçado, né? Porque faz tu lembrar de muitas coisas, sendo elas boas ou ruins. E esse lembrar envolve todos os sentidos: a visão, o olfato, o paladar, o tato... Coisas que vivi há bastante tempo. Outras, nem tanto. Coisas simples, como o cheiro de uma comida da minha Vó... Outras complicadas, como a lembrança de alguém que já não é mais presença física entre nós. Um show assistido, um lugar visitado, uma tatuagem feita, um amor do passado...
Em comum entre tudo, a certeza de que já passou e não volta mais. E que por isso é passado... Marcado, escrito, gravado, seja na mente ou no corpo. E que será assim sempre e não há nada que possamos fazer pra mudar isso. Só nos resta aceitar e conviver bem com isso.

Acabei me perdendo na hora, em meio a risos e algumas lágrimas (sou saudosista, lembram?) que essa viagem ao passado me proporcionou. Só despertava do “transe” quando acabava o disco que eu tava escutando (depois do Mingus, rolou “Live” do Gênesis, “RUSH – Trilha Sonora Original do Filme”, do Eric Clapton e “Maravilhas Contemporâneas” do Luiz Melodia).
Me dei conta também que tem muita coisa alí que faz muito tempo que eu não escuto, por isso separei vários pra trazer hoje pro trabalho, coisa que esqueci de fazer na hora de sair de casa...Sem problema, amanhã eu os trago.

No final das contas, foi bom pra caralho e eu fui dormir bem satisfeito com os resultados: na minha estante e , principalmente, na minha mente. Tive uma ótima noite de sono e acordei hoje cedo motivado pra encarar o dia com tranquilidade e serenidade, de bem com a vida e prinicipalmente, com o passado, como há algum tempo eu não vinha conseguindo fazer...

O post foi comprido, eu sei...Mas não teria como não ser. Espero que alguém leia até o final e que goste =D

Saludos,
Otto

Fechando o post ao som de Caetano Veloso - “Jokerman”

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

"And Tommy doesn't know what day is" *


Assisti esse filme novamente no domingo, depois de chegar em casa na tardinha "pós churrasco de domingo com muitas Brahmas na cabeça".
Ria sozinho das mais que convincentes atuações de gente conhecida, como Tina Turner, Eric Clapton, Jack Nicholson, Elton John. Imagina a loucura que esse povo não tava quando gravou esse filme? Quem já viu o filme sabe do que eu estou me referindo...
Puta história, Puta filme... Fazia um tempo que eu tinha assistido pela última vez, numa madrugada na Band. Tô com o DVD lá em casa, peguei emprestado do meu irmão.

Por essas e por outras bandas e obras, que eu curto muito o rock dos anos 60-70.

E o riff inicial de "Pinball Wizard" não sai da minha cabeça hoje...

Otto - escutando Yes - "Roundabout" e louco pra se mandar pra casa.

* trecho de uma música da filme, "Christmas"

Meus colegas e seus mundos - Parte 1

Hoje cedo ao chegar no trabalho, como de costume ainda meio sonolento, sou recebido com a pérola aí de baixo:

"Tche, hoje o mate tem um chazinho, porque to meio mal do estômago. Ontem a noite jantei um fricassê muito tarde, as 22 hs, que não me caiu muito bem... Acho que tô ficando velho"

Eu escuto, tento digerir e penso: "Hum...errr...Perae, será que eu escutei isso mesmo?".
Um minuto depois formulo contrapontos para a frase:
1 - "Imagina o que acontece se o cara tomar um fardinho de cerva?"
2 - "Imagina se o cara comer um churrasco de ovelha?"
2 - "Perae... Porque eu tenho que escutar isso?"

Provejo um dia longo e cheio de aventuras. "E Que Deus nos ajude pra caramba".

Crédito da frase ao colega TJ McGhee.

Otto - ao som de Eric Clapton - "Old Love"

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Um Blues pra uma Segunda-Feira chuvosa

Working from seven to eleven every night,
It really makes life a drag, I don't think that's right.
I've really, been the best, the best of fools, I did what I could.
'Cause I love you, baby, how I love you, darling, how I love you, baby,
How I love you, girl, little girl.
But baby, since I've been loving you, yeah
I'm about to lose my worried mind,
Oh, yeah.

Everybody trying to tell me that you didn't mean me no good.
I've been trying, lord, let me tell you, let me tell you I really did the best I could.
I've been working from seven to eleven every night,
I said it kinda makes my life a drag, drag, drag, drag
Lord, that ain't right...
Since I've been loving you,
I'm about to lose my worried mind.

Said I've been crying, my tears they fell like rain,
Don't you hear, don't you hear them falling,
Don't you hear, don't you hear them falling.

Do you remember mama, when I knocked upon your door?
I said you had the nerve to tell me you didn't want me no more, yeah
I open my front door, hear my back door slam,
You must have one of them new fangled back door man.

I've been working from seven, seven, seven, to eleven every night, it kinda makes my life a drag...drag...drag...
Baby, since I've been loving you,
I'm about to lose, I'm about lose to my worried mind.

Otto

PS: Ganha um prêmio quem escrever nos comentários o nome e de quem é a música...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Sonhos loucos...Loucos sonhos

Sonho é uma coisa muito louca.
Isso não é nenhuma novidade, eu sei. Boa parte das pessoas que eu conheço concordam... Mas mesmo assim não deixa de ser louco. E sonhos como o que eu tive hoje, tenho seguido.

Essa noite (ou melhor, manhã) pouco antes de acordar, tava sonhando com um monte de gente que eu não vejo há tempos (colegas da faculdade, colegas de um trabalho anterior, parentes) em um lugar muito inusitado (quarto da antiga casa dos meus avós). O mais louco é que eu não sei porque estavam todos lá, ninguém queria me contar. Mais louco ainda é que quando eu saí desse quarto, entrei na sala da casa de praia em que estive nas férias. E daqui a pouco, saindo da casa de praia em direção a rua, me dou conta que não estou na praia e sim numa fazenda, no campo... E daqui a pouco, quando um cachorro (que eu aparentemente não lembro de ter visto nunca) vem correndo em minha direção, eu acordo com o despertador do celular.

Momento Devaneio do Dia - Alguém ainda usa um despertador pra se acordar? Não vale celular, nem rádio relógio... Digo um despertador de corda... Será que rende um post? Um dia, quem sabe...

Esses dois exemplos (das pessoas que não tem nada a ver umas com as outras e de lugares que não tem nada a ver) por si só já ilustram o que eu quero dizer com "sonho louco". Essas construções e associações que nosso cérebro faz e que aparentemente não tem nenhum sentido me intrigam e me fazem curtir essa "loucura dos sonhos". Queria saber (se é que existe como) como isso se processa ( claro, como todo profissional da área de exatas pensa, tem que haver uma explicação pra isso...).

Outra coisa que eu acho curiosa é o fato de a gente ir se esquecendo pouco há pouco das coisas que sonhamos. No meu caso, eu lembro que assim que acordei, lembrava de muitos outros detalhes a respeito da cena (diálogos, por exemplo) que eu sonhava. A medida que o tempo vai passando, nossa mente começa a "deletar" algumas partes... Tive um professor na faculdade, o Brettas, que dizia que ele tinha um caderninho na mesa de cabeceira, onde ele ao acordar, escrevia o que ele estava sonhando, fazendo um tipo de "arquivo de sonhos". Já pensei em fazer isso, mas nunca o fiz... Quem sabe motivado por este meu "sonho louco" eu não começo?

Um beijo as leitoras desse blog =D
Tenham todas um ótimo final de semana!!!

Otto - escutando Miles Davis - "Filles de Kilimanjaro" (Uma trilha bastante adequada pra um "sonho louco")

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Come On In My Kitchen Recomenda:

Meu Nome Não é Johnny” – Brasil, 2008 – Direção: Mauro Lima. Elenco: Selton Mello, Cléo Pires, Júlia Lemmertz e Cássia Kiss.

Gostei bastante do filme. Um pouco tenso, devo admitir... A medida que a loucura aumentava, eu me perguntava: Onde essa porra toda vai acabar?

Assisti ao trailer de “Onde os Fracos Não Têm Vez” (novo filme dos irmãos Coen) e fiquei muito afim de ver... Será o próximo. =D

Otto – escutando The Band – “The Weight”

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Quarta-Feira de Cinzas, 12:15 PM

"Uoooouuuu, Uoooouuuu, Uoooouuuu, você foi demaaaaiiiiis..."

Sweet Child O'Mine, do Guns 'N Roses, em versão FORRÓ.
Ouvi um trecho no "Talk Radio" da Kátia Suman, na Rádio Ipanema.

Morri. Não espero mais nada desse Mundo Cão.

Otto - escutando Os Mutantes - "Dune Buggy"

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Mestre


SIM
Composição: Cartola e Oswaldo Martins - Gravadora Marcus Pereira - 1974.

Sim,
Deve haver o perdão
Para mim
Senão nem sei qual será
O meu fim
Para ter uma companheira
Até promessas fiz
Consegui um grande amor
Mas eu não fui feliz
E com raiva para os céus
Os braços levantei
Blasfemei
Hoje todos são contra mim
Todos erram neste mundo
Não há exceção
Quando voltam a realidade
Conseguem perdão
Porque é que eu Senhor
Que errei pela vez primeira
Passo tantos dissabores
E luto contra a humanidade inteira
Samba maioral baixou em mim hoje... Será que seguirá até a quarta de cinzas?
Otto - ouvindo "Mestre" Cartola - "Disfarça e Chora"